Quinta, 24 de Julho de 2025

MST Ocupa Sede do Incra em São Paulo por Avanços na Reforma Agrária

Militantes do MST pressionam o governo federal por políticas estruturantes para o campo e o assentamento de famílias acampadas.

23/07/2025 às 21:05
Por: Redação

Na manhã desta quarta-feira (23), um grupo de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou a sede da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em São Paulo. A ação visa pressionar o governo federal a acelerar a implementação de políticas estruturantes para o campo.

A ocupação faz parte da Jornada Nacional de Lutas 2025, que este ano levanta a questão “Lula, cadê a Reforma Agrária?”, com ações em 24 estados e no Distrito Federal.

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Segundo o MST/SP, as reivindicações incluem a liberação de créditos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA/Conab), a ampliação dos limites de compra por cooperativas e famílias assentadas, o acesso universal ao Pronaf A e A/C com facilitação nos trâmites e renegociação de dívidas, além de assistência técnica permanente para viabilizar a produção de alimentos saudáveis e estruturantes agroindustriais.

Outras demandas são a Habitação no campo, com construção e reforma de casas em assentamentos e a inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e o assentamento imediato das mais de 5 mil famílias acampadas no estado de São Paulo, algumas aguardando há mais de 20 anos.

“A agricultura no estado de São Paulo é capitalista e marcada pela monocultura e industrialização, e não produz comida de verdade. É a agricultura familiar que assegura a base alimentar da população brasileira e, por isso, a ação de hoje exige que o Estado reconheça o papel estratégico da reforma agrária e da agricultura familiar para o desenvolvimento justo e sustentável do campo e que cumpra os compromissos assumidos com o povo sem terra”, afirma o MST.

A Superintendência do Incra em São Paulo informou que aguarda o recebimento da pauta do MST para verificar o atendimento às reivindicações.

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo não se pronunciou.

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